Terra só de cabra macho, do homem rude e de pouca educação. O perfil que livros como "Os Sertões" pintaram do sertão já não existe mais, ficou para a literatura.
As famílias, hoje, formam seus filhos nas principais universidades do Estado e, depois, eles voltam para trabalhar nas suas cidades de origem com novos ideais e visão de mundo.
Essa nova visão trazida por eles e pela mídia, incluindo a crescente presença da Internet na região, abriu portas para um projeto inédito na região batizado de SerTão Cultural, uma iniciativa do Movimento Gay Leões do Norte financiada pela FUNDARPE (Fundação do Patrimônio Artístico e Cultural de Pernambuco).
O teatro, a dança, o artesanato com papel e ainda o debate sobre cidadania e direitos humanos vai reunir jovens de 17 municípios do sertão pernambucano para, em 03 anos, elevar a autoestima e promover a cidadania dessa juventude especialmente os GLBTs.
As atividades vão acontecer em forma de oficinas e, nesta primeira fase, contemplará jovens do núcleo 01 que compreende os municípios de Santa Terezinha, São José do Egito, Solidão e Tabira.
É uma ação que também significa um desafio. No interior, os jovens Homossexuais já são bem aceitos, mas falta a eles a orientação necessária sobre a sua condições, seus direitos.
Cerca de 100 jovens dos municípios envolvidos nessa primeira fase já se inscreveram para participar da iniciativa. "O que se quer é trabalhar o respeito à diversidade afetivo sexual e aos direitos humanos em geral utlizando-se de expressões artístico-culturais no cotidiano do sertanejo" explica o coordenador do projeto, Rildo Veras.
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