21 de agosto de 2011

Barack Obama finalmente permite que militares se assumam Gays

Presidente Obama assinando fim da lei discriminatória

Fim da discriminação contra os Homossexuais no âmbito das Forças Armadas nos EUA. Os americanos poderão declarar-se abertamente Gays sem que isso os impeça de prestarem o serviço militar. O anúncio foi feito pelo Presidente Barack Obama.

"Todos os norte-americanos podem estar certos de que nossas extraordinárias tropas, tal como gerações passadas que também se adaptaram a outras grandes mudanças, continuarão a manter a sua força, graças aos valores da justiça e da igualdade", disse Barack Obama.

A notícia foi recebida com euforia pela sociedade norte-americana, que já anteriormente comemorava a realização dos primeiros casamentos Gays em Nova Iorque.

A legislação discriminatória contra os Homossexuais foi aprovada em 1993 com o apoio do então Presidente Bill Clinton, que defendeu a ratificação da medida alegando que anteriormente os Gays eram expulsos do Exército.

Com a nova lei, que ficou em vigor durante 17 anos, somente seriam expulsos se manifestassem abertamente a sua orientação sexual. Ou seja, até aqui, os militares Homossexuais eram obrigados a viver a sua sexualidade em segredo.

Desde então, e ao contrário do que prometera Clinton, sempre que inspeções rotineiras nos quartéis descobriam cartas privadas, diários pessoais ou emails nos quais ficasse evidenciada a Homossexualidade do soldado, este era imediatamente expulso.

Em 2004, o grupo Log Cabin Republicans, organização Gay e Lésbica que reúne os Homossexuais mais conservadores do país, apresentou uma queixa contra o Governo por considerar a lei inconstitucional.

Em setembro do ano passado, um juiz refutou essa discriminação e ordenou que o Congresso derrogasse a lei o quanto antes, o que veio acontecer em dezembro do ano passado.

No entanto, por causa da resistência ainda latente em alguns setores das Forças Armadas, como o dos marines, o Pentágono levou sete meses a analisar como deveria efetuar a mudança de forma segura para os soldados Homossexuais.

Segundo Barack Obama, já foram tomadas todas as medidas necessárias para "manter intactos os níveis de preparação, unidade e serviço" a partir do momento em que se passem a aceitar que os soldados usem o seu uniforme sem ocultar a sua orientação sexual. O período de transição até entrar em prática a alteração é de 60 dias.

Desde 1993, a lei "Don't ask, don't tell" - que proibia o ingresso de Gays e Lésbicas no Exército se estes assumissem a sua Homossexualidade - permitiu que fossem expulsos dos quartéis 13.000 tropas Gays e Lésbicas, causando uma perda irreparável para o exército americano.

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