30 de novembro de 2014

Empresa homofóbica pede perdão e se torna aliada dos Gays

Milhares de protestos surgiram na Internet 

Depois de ter ficado marcada por uma declaração ofensiva aos Gays em 2013, a Barilla virou o jogo e conseguiu entrar na lista de empresas amigas dos LGBT deste ano, feita pela organização norte-americana Human Rights Campain (HRC). 

À época, Guido Barilla, presidente da fabricante de massas que leva seu sobrenome, disse que casais Gays jamais estrelariam os comerciais de sua companhia porque preferia a "família tradicional".

A afirmação, feita a uma rádio italiana, custou muito, muito caro à empresa. O assunto repercutiu no mundo todo e consumidores convocaram um boicote à marca, acusada de não respeitar a diversidade.

Não pegou nada bem e Guido Barilla foi a público pedir perdão oficialmente, não uma, mas duas vezes. Mas parece que a empresa aprendeu a lição. Pela primeira vez, ela aparece na seleção da HRC (feita nos Estados Unidos há 13 anos) e já cumpre 100% dos requisitos estabelecidos pela organização. 

Só integram a lista companhias que cumprem quatro objetivos principais: 01) oferecer benefícios para cônjuges do mesmo sexo de seus funcionários, 02) não ter discriminação de benefícios para empregados Transgêneros e seus dependentes, 03) demonstrar competência em gerir questões LGBT, 04) se comprometer publicamente com essa comunidade a defender a igualdade de direitos. 

A Barilla, junto com outras 365 companhias, foi aprovada em todos os critérios. A criação de um "conselho de inclusão e diversidade" pela companhia, há um ano, certamente teve influência nesse resultado.

A ideia do comitê era, basicamente, consultar especialistas e ativistas para definir estratégias e metas estruturadas para melhorar a diversidade internamente. 

"Todos nós aprendemos muito sobre a real definição e significado de família, e no decorrer do ano passado, trabalhamos muito para refletir isso em toda nossa organização", disse Guido Barilla. 

Entre as empresas consideradas amigas dos LGBT pela HRC neste ano, 89% têm proteções explícitas contra a discriminação por identidade de gênero e oito em cada dez incluem essas questões em treinamentos corporativos.

Além disso, mais da metade delas já oferecem seguro saúde a profissionais Transgêneros. Em 2002, nenhuma fazia isso.

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