Dois anos depois de ter o namorado expulso do Exército, o ex-sargento Fernando Alcântara de Figueiredo, 36 anos, vai tentar uma vaga no Congresso Nacional: já registrou sua candidatura a deputado federal (PSB-SP).
Ele e o companheiro Laci Marinho de Araújo ficaram conhecidos nacionalmente por serem o primeiro casal assumidamente Gay das Forças Armadas. Acusado de deserção, Laci foi condenado pelo Superior Tribunal Militar (STM) a quatro meses de prisão.
O casal avalia que a Corte agiu por homofobia. O Exército nega. Hoje, Laci responde em liberdade à acusação. Segundo o STM, ele não chegou a cumprir toda a pena por ter recebido o indulto em dezembro de 2008.
Já Alcântara deixou o Exército após a confusão. A batalha judicial chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) recentemente. A história do casal Gay será a principal bandeira do ex-sargento na campanha eleitoral.
Leia abaixo a entrevista do candidato à VEJA.com:
Qual postura você adotará em relação ao Exército durante a campanha?
O que eu busco é uma conversa, eu não busco atingir em cheio o Exército. Porque, enquanto institucional, o Exército tem um apelo muito forte para a sociedade. O que a gente tem que fazer é batalhar contra o preconceito e contra as questões de ordem pontual.
Que bandeira vai defender?
A extinção do Tribunal Superior Militar vai ser uma das minhas bandeiras, com certeza.
Como se apresentará ao público?
Eu vou tentar levar uma imagem de coragem, de coragem para mudança. A diferença para os outros candidatos é que eu senti na pele verdadeiramente o que significa sofrer com o preconceito, o que significa ver o seu profissionalismo jogado no lixo depois de tantos anos de serviço, excelente serviço prestado às forças armadas.
Você se inspirou em Clodovil para se candidatar?
Não, porque o Clodovil tem outra história. Ele falava que não se sentia feliz em ser Homossexual, renegava constantemente isso. Seria muito difícil que ele representasse alguém que buscasse a quebra do preconceito social. A minha história é diferente, a minha história é uma história de luta contra as Forças Armadas.
Você vai escolher um número ligado à Homossexualidade nas urnas?
Não, porque a gente tem que pautar o trabalho com seriedade e respeito e, de repente, um número que fizesse uma referência à Homossexualidade poderia se tornar motivo de brincadeira. Será 4010. Uma amiga minha mexe com numerologia e ela fez o cálculo para mim. E também porque fica fácil falar porque é o ano de 2010.
Ele e o companheiro Laci Marinho de Araújo ficaram conhecidos nacionalmente por serem o primeiro casal assumidamente Gay das Forças Armadas. Acusado de deserção, Laci foi condenado pelo Superior Tribunal Militar (STM) a quatro meses de prisão.
O casal avalia que a Corte agiu por homofobia. O Exército nega. Hoje, Laci responde em liberdade à acusação. Segundo o STM, ele não chegou a cumprir toda a pena por ter recebido o indulto em dezembro de 2008.
Já Alcântara deixou o Exército após a confusão. A batalha judicial chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) recentemente. A história do casal Gay será a principal bandeira do ex-sargento na campanha eleitoral.
Leia abaixo a entrevista do candidato à VEJA.com:
Qual postura você adotará em relação ao Exército durante a campanha?
O que eu busco é uma conversa, eu não busco atingir em cheio o Exército. Porque, enquanto institucional, o Exército tem um apelo muito forte para a sociedade. O que a gente tem que fazer é batalhar contra o preconceito e contra as questões de ordem pontual.
Que bandeira vai defender?
A extinção do Tribunal Superior Militar vai ser uma das minhas bandeiras, com certeza.
Como se apresentará ao público?
Eu vou tentar levar uma imagem de coragem, de coragem para mudança. A diferença para os outros candidatos é que eu senti na pele verdadeiramente o que significa sofrer com o preconceito, o que significa ver o seu profissionalismo jogado no lixo depois de tantos anos de serviço, excelente serviço prestado às forças armadas.
Você se inspirou em Clodovil para se candidatar?
Não, porque o Clodovil tem outra história. Ele falava que não se sentia feliz em ser Homossexual, renegava constantemente isso. Seria muito difícil que ele representasse alguém que buscasse a quebra do preconceito social. A minha história é diferente, a minha história é uma história de luta contra as Forças Armadas.
Você vai escolher um número ligado à Homossexualidade nas urnas?
Não, porque a gente tem que pautar o trabalho com seriedade e respeito e, de repente, um número que fizesse uma referência à Homossexualidade poderia se tornar motivo de brincadeira. Será 4010. Uma amiga minha mexe com numerologia e ela fez o cálculo para mim. E também porque fica fácil falar porque é o ano de 2010.
Fernando, espero que Deus julgue a injustiça que vocês sofreram. Estou torcendo pela sua candidatura, pois pertenço também à comunidade e tenho um relacionamento de dez anos: somos professores, e como tais, "pisamos em cascas de ovos" no nosso setor de trabalho. Um grande abraço.
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