30 de novembro de 2009

Transexual é eleita mulher do ano na Argentina

Marcela Romero

A Transexual Marcela Romero, que ganhou uma longa batalha judicial para conseguir seu documento de identidade com nome feminino foi escolhida "mulher do ano" na Argentina.

"Sou o que sou. O direito de uma é o de todas", resumiu Marcela, que obteve seu novo documento em agosto, depois de dez anos de luta para que sua mudança de sexo fosse reconhecida.

Marcela foi nomeada "mulher do ano" pela Comissão da Família e da Mulher da Câmara dos Deputados argentina, em meio a aplausos de legisladores e convidados.

A Transexual reivindicou ao Parlamento a aprovação "o mais rápido possível" de uma lei que garanta os direitos civis das pessoas cuja identidade de gênero não corresponde com o sexo e o nome com que foram registradas, assim como a anulação de normas que "criminalizam" o Travestismo.

"Eu não conheço a democracia", assegurou Marcela ao canal de televisão Todo Noticias para destacar a discriminação que sentiu ao longo de sua vida.

"Teria gostado, por exemplo, de continuar estudando, mas fui rejeitada pelo sistema educacional quando me assumi como mulher", explicou Marcela.

Ela foi escolhida entre 12 mulheres selecionadas por sua luta contra a pobreza, em defesa do meio ambiente, entre outras causas, o que fez com que muitos dos presentes à entrega da distinção se retirassem do local.

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