A Homossexualidade é natural no reino animal
A existência dos relacionamentos Homossexuais no reino animal não é novidade – em 1999, por exemplo, o zoólogo canadense Bruce Bagemihl descreveu, em seu livro Biological Exuberance, a Homossexualidade em mais de 400 espécies diferentes, e diversos estudos já trataram do tema nos últimos 25 anos.
Uma pesquisa científica feita por dois biólogos da Universidade da Califórnia comprovou que os relacionamentos entre parceiros do mesmo sexo são generalizados no reino animal, abrangendo desde os vermes até os primatas.
Uma mosca drosófila macho, por exemplo, costuma cortejar outros machos. O golfinho macho toca seus genitais nos de outro macho para estreitar os laços com o grupo. Os sapos, em geral, não fazem discriminação entre os sexos, e as lesmas marinhas são todas machos no início, mas, ao acasalarem com outro macho, um deles oportunamente desenvolve características femininas.
Um caso emblemático é o das fêmeas do albatroz-de-laysan (Phoebastria immutabilis), ave encontrada no Havaí. Esses pássaros formam casais Lésbicos por toda a vida para criar os filhotes. Quase um terço dos casais da espécie são formados por fêmeas, e comparativamente eles são mais bem-sucedidos na criação dos filhotes do que os outros casais, o que ajuda na preservação da espécie.
Os comportamentos Homossexuais encontrados no reino animal vão muito além de representar um aspecto vantajoso em termos evolutivos. A corte, a cópula e os cuidados com os filhotes são características que podem ter sido moldadas pela seleção natural, um mecanismo básico da evolução que ocorre ao longo de gerações sucessivas
De acordo com os biólogos, os comportamentos sexuais são distribuídos de maneira flexível em diversas circunstâncias, por exemplo, como táticas reprodutivas alternativas, como estratégias de procriação cooperativas, como facilitadores do estabelecimento de laços sociais ou como mediadores de conflitos entre os sexos.
O ápice da complexidade das relações Homossexuais são, sem dúvida, os humanos, mas os macacos bonobos, os mais próximos de nós, também reservam muita semelhança com a nossa sexualidade. As fêmeas têm relações sexuais entre elas até o orgasmo e os beijos e o sexo oral são muito comuns entre os machos.
A Homossexualidade não representa qualquer ameaça à continuação das espécies, muito menos para os humanos, pelo contrário, em cada espécie animal estudada, ela parece cumprir um papel essencial de regulação, equilíbrio e fortalecimento do grupo e garante a diversidade, o cuidado e a maior complexidade de interação entre os indivíduos.
O estudo concluiu que todas as espécies animais estudadas tinham indivíduos Homossexuais, mas apenas uma apresentava homofobia: a espécie humana. Portanto, ser Gay ou Lésbica ou Trans faz parte da natureza, mas ser homofóbico não, isso não é natural.