30 de junho de 2011

Nova York já é o sexto estado americado a aprovar o Casamento Gay

Casais comemoram a aprovação do Casamento Gay

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, legalizou os casamentos do mesmo sexo no estado norte-americano, caracterizando uma importante vitória para os grupos de defesa dos direitos dos Homossexuais antes das eleições presidenciais e parlamentares de 2012.

Nova York se tornou o sexto e mais populoso estado norte-americano a permitir o Casamento Gay. Os senadores votaram pela permissão por 33 a 29, aprovando a legislação de igualdade do casamento. Cuomo, um democrata que introduziu a medida, a sancionou.

"Essa votação hoje mandará uma mensagem a todo o país. Esse é o caminho a seguir, a hora para fazer é agora, e é possível, não é mais um sonho ou uma aspiração. Creio que vocês verão uma rápida evolução", disse Cuomo, que está em seu primeiro ano no mandato, em coletiva de imprensa. "Alcançamos um novo patamar de justiça social."

Casamentos do mesmo sexo poderão começar a ocorrer em Nova York em 30 dias, embora instituições religiosas e grupos sem fins lucrativos, mas ligados a associações religiosas, não precisem participar de tais cerimônias. A legislação também dá aos casais Gays o direito ao divórcio.

Comemorações ocorreram na galeria do Senado na capital do estado, Albany, e na multidão de centenas de pessoas que se juntou do lado de fora do Stonewall Inn, em Nova York, onde uma ação da polícia em 1969 causou o surgimento dos movimentos modernos de defesa dos direitos Homossexuais.

Connecticut, Iowa, Massachusetts, New Hampshire, Vermont e o Distrito de Colúmbia permitem o casamento de pessoas do mesmo sexo, e Delaware, Havaí, Illinois e New Jersey aprovaram a união civil. O primeiro Casamento Gay dos EUA ocorreu no Massachusetts, em 2004.

Justiça autorizou o primeiro Casamento Lésbico do Brasil


A Justiça do Distrito Federal converteu uma união estável entre duas mulheres no primeiro casamento civil Gay do DF e no segundo do Brasil. De acordo com a advogada do casal, Maria Berenice Dias, Cláudia Helena de Oliveira Gurgel e Sílvia Del Valle Gomide moram juntas há 12 anos.

“Elas tinham tanto desejo de casar que chegaram a ir para a Argentina para procurar um apartamento, porque queriam se casar lá”, contou a advogada.

Com o casamento, Sílvia vai passar a adotar o sobrenome da esposa. Ela é jornalista e trabalha no Senado Federal. Em 2005, Sílvia entrou com um pedido para incluir Cláudia como dependente para efeitos de assistência à saúde e como beneficiária de pensão. O pedido foi aceito em junho de 2006.

De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, a audiência de conversão da união estável em casamento civil foi conduzida pela juíza Júnia de Souza Antunes. Berenice afirmou que a união não foi contestada pelo Ministério Público e já não cabe mais recurso. O caso estava correndo em segredo de justiça.

“O Estado não pode mais não admitir isso. Esses relacionamentos sempre existiram. E, se eles são uma família, não há porque impedir que se casem”, declarou Berenice, que também é presidente da Comissão Especial da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil.

Berenice afirmou que o casal a procurou pela primeira vez há cerca de um ano, mas, como a legislação não dava suporte para a conversão da união estável em casamento civil, ela não aceitou o caso.

“Com a decisão do Supremo, elas voltaram a me procurar. Nós juntamos todos os documentos e entramos com o pedido no dia 9 deste mês na Vara de Família. Foi uma decisão rápida e a juíza chegou a dizer que passou todo o feriado estudando o voto do STF”, disse a advogada.

Antes disso, a Justiça de Jacareí, no interior de São Paulo, autorizou o primeiro Casamento Gay do Brasil. Além dos direitos garantidos no registro de união estável, um companheiro pode receber o sobrenome do outro.

Gays criam uma nova modalidade esportiva nos Estados Unidos

Flag Football

Esportistas Gays se uniram nos Estados Unidos e criaram o Flag Football, adaptação menos bruta do futebol americano.

O objetivo do Flag não é derrubar o oponente, mas arrancar as bandeiras que ele leva presas na cintura. Contatos muito violentos são considerados faltosos.

Já são 30 equipes de Flag Football nos Estados Unidos e os jogadores contam até com patrocínio de companhias aéreas, redes de hotéis e marcas de cerveja. Atualmente já existem até escolinhas e campeonatos infantis com a nova modalidade de esporte Gay.

O Flag Football foi idealizado pelo jornalista Jim Buzinski, que é Homossexual. Ele também criou um site cujo público-alvo são os esportistas Homossexuais, o outsports.com.

“Percebi que publicações voltadas para o público Gay não se interessavam muito em cobrir esportes.

Jim conta que já foi procurado por vários atletas interessados em revelar sua Homossexualidade através de seu site.

Uma das histórias contadas no site é a do jogador brasileiro Michael, do Vôlei Futuro. Na última temporada da Superliga, ele foi ofendido pela torcida homofóbica do Cruzeiro durante o jogo.

Índios protestam na Parada Gay contra construção de usina

Índios da Tribo Kalapalo na Parada Gay

Índios da tribo Kalapalo, do Alto Xingu (MT), aterrissaram na Parada Gay de São Paulo para protestar contra a construção da usina de Belo Monte.

Ao contrário de muita gente que usou fantasia na festa, os índios trajavam suas vestes costumeiras. “A gente veio lá do Alto Xingu para que as pessoas saibam o que é Belo Monte. Muita gente não sabe. A Parada Gay é o melhor lugar para chamar a atenção de São Paulo”, disse a índia Samy Kalapalo.

Ela, o pai e outros índios estavam convocando as pessoas para um protesto no dia 20 de agosto na mesma Avenida Paulista. “Assim como os Homossexuais são rejeitados, nós índios também sofremos preconceito”, afirmou Kuana Kalapalo.

29 de junho de 2011

Casal Gay de Jacareí (SP) é o primeiro a se casar oficialmente no Brasil

Luiz André Moresi e Sérgio Kauffman Sousa

O cabeleireiro Sérgio Kauffman Sousa e o comerciante Luiz André Moresi retiraram no Cartório de Registro Civil de Jacareí, a certidão do primeiro casamento civil Gay do Brasil.

O documento é consequência de uma decisão do juiz Fernando Henrique Pinto, da 2ª Vara da Família e das Sucessões do município, que converteu a união estável deles em casamento. O fato histórico ocorreu bem no Dia Mundial do Orgulho Gay, 28 de junho.

Os dois se emocionaram durante a rápida cerimônia de registro civil. A mesa colocada para assinar o documento foi adornada com a bandeira colorida símbolo do Movimento LGBT. Depois da cerimônia, eles trocaram alianças, se beijaram e abriram um champanhe.

Durante discurso, Luiz André dedicou o casamento aos militantes, à Justiça em Jacareí e aos ministros do Supremo Tribunal Federal. “Estamos fazendo história”, disse Luiz. “Desde adolescente, eu queria casar, mas não com uma mulher. É um conto de fadas realizado”, disse Sérgio.

Quem também discursou foi o promotor de registros de Jacareí José Luiz Bednarski. Ele lembrou que na Constituição homens e mulheres são iguais e têm os mesmos direitos garantidos. Durante o discurso que emocionou o casal, ele afirmou que espera “que essa semente plantada hoje no futuro se transforme em uma grande árvore”.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo e a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT), é o primeiro caso de casamento civil Homoafetivo no país. Com a decisão, os dois se tornaram oficialmente casados e passarão a usar o mesmo sobrenome: Sousa Moresi.

“É uma felicidade imensa. Ainda estou tentando compreender esse momento histórico. A ficha precisa cair que esse é um momento que vai ficar na história. A gente luta por tantos anos e quando acontece, a gente entra em êxtase. É por isso que eu divido e dedico essa vitória a todos os militantes”, contou Luiz André.

Segundo Kauffman, o casamento civil chega após oito anos de união estável. No dia 17 de maio, eles foram ao cartório oficializar a união. No dia 6 de junho, pediram a conversão da união em casamento civil.

Segundo o TJ, o Ministério Público deu parecer favorável ao pedido, que “foi instruído com declaração de duas testemunhas, que confirmaram que os dois ‘mantêm convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituir família’.”

De acordo com o TJ, a decisão do juiz Fernando Henrique Pinto tem como principal fundamento o julgamento do Supremo Tribunal Federal, de 5 de maio, que reconheceu a união estável de pessoas do mesmo sexo como entidade familiar.

O juiz disse que, com o casamento, os dois passam a ter os direitos garantidos após a morte de um deles. "Quando há a união estável, você tem de provar quando um falece que esta união valia na data da morte. Com o casamento, basta apresentar a certidão. É uma garantia. Tanto que faço a recomendação a todos os casais, Homossexuais ou heterossexuais, que vivam em união estável para que se casem."

São Paulo também realiza um Casamento Gay Coletivo

Noivas Lara e Kin

Com direito a um bolo de seis andares decorado por noivinhos e noivinhas do mesmo sexo e brindes de champanhe, 12 casais Homossexuais participaram de um casamento coletivo realizado no salão nobre da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo).

Juntas há 18 anos, as funcionárias públicas Luciana Serrano, de 40, e Paula Araújo Braga, de 44, disseram o tão esperado "sim" sob o olhar emocionado de suas mães.

"Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida! Nunca vi minha filha tão linda! As duas estão umas bonecas!", comemorou Margarida Bueno Braga, de 86, mãe orgulhosa da noiva Paula e sogra de Luciana.

A designer Kin e a promotora de eventos Lara não deixaram de lado o sonho de grande parte das mulheres. "Casamos as duas de noivas! Estou me sentindo linda, ela também está e o nome disso é amor!", garantiu Lara.

O casamento coletivo foi comandando pelo reverendo Cristiano Valério da Igreja da Comunidade Metropolitana. Um tabelião acompanhou a cerimônia e fez o registro oficial dos novos casais.

O professor Edvaldo Braz de Oliveira, de 31, e o cabeleireiro Fernando Vieira da Graça, de 33, vieram de Belo Horizonte (MG), para tornar oficial a relação de 3 anos. A lua de mel teve seu ponto alto na Parada Gay, que ocorreu no domingo.

"Tem maneira melhor de dar uma festa? Claro que não! Quisemos comemorar nosso casamento junto com a multidão", garantiu Edvaldo, que ficou com o marido em São Paulo até segunda-feira.

O casal era um dos mais emocionados durante a cerimônia e não escondeu as lágrimas. Segundo Fernando, o motivo do choro foi a execução da canção "Over the rainbow", tema do filme "O Mágico de Oz" (1939), durante o casamento. "Essa música significa muito para nós. Uma vez ele me deu uma festa surpresa de aniversário e tocou essa canção. Não é lindo?".

ONU aprova resolução mundial sobre Direitos Homossexuais


O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou resolução destinada a promover a igualdade de cidadãos de todo mundo, sem distinção da orientação sexual.

A votação foi apertada com 23 votos a favor, 19 contra e três abstenções. Brasil, Argentina, Coreia do Sul e outros países ocidentais votaram a favor, países islâmicos, africanos e a Rússia contra.

A resolução, apresentada pela África do Sul, afirma que "todos os seres humanos nascem livres e iguais no que diz respeito a sua dignidade e seus direitos e que cada um pode se beneficiar do conjunto de direitos e liberdades sem nenhuma distinção de orientação sexual" e recomenda que seja realizado um estudo sobre as leis discriminatórias e as violências contra as pessoas por sua orientação ou atribuição sexual.

O representante da Nigéria, Ositadinma Anaedu, acusou a África do Sul de ter "rompido a tradição do grupo africano" de buscar um consenso antes da votação de uma resolução. "Uma lástima porque a África do Sul é o pilar da África".

O representante da África do Sul, Jerry Matthews Matjila, afirmou que "ninguém deve ser submetido a discriminação ou violência por causa da orientação sexual" e que a resolução não busca impor valores aos países e sim iniciar um diálogo sobre o tema.

"É um avanço. É a primeira vez na ONU que se aprova um texto tão forte sob a forma de uma resolução, e deste alcance. Não se trata de impor valores ou um modelo e sim de evitar que as pessoas sejam vítimas de discriminação ou violência por sua orientação sexual", afirmou o embaixador francês Jean-Baptiste Mattei.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, considerou que a resolução é histórica e afirma que “os direitos humanos são universais. Os indivíduos não podem ser deixados sem proteção em razão de sua orientação ou identidade sexual".

Segundo a Anistia Internacional, a Homossexualidade continua sendo punida e indivíduos Homossexuais perseguidos em 76 países.

OAB lança uma campanha de combate à homofobia


A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Seção de São Paulo lançou neste mês de junho a campanha “Homofobia mata”, com o importante objetivo de combater o preconceito e a intolerância contra Homossexuais.

A principal peça da campanha é um cartaz que destaca o tema na forma de uma pichação feita em vermelho cor de sangue.

Ao fundo da mesma imagem, estão escritas palavras que remetem à violência a que ainda são submetidos os Homossexuais, como desrespeito, intolerância, preconceito, ódio, opressão, repulsa e covardia. O cartaz também destaca um dos motes das campanhas promovidas pela OAB: “A violência tem que ter fim. A vida não”.

De acordo com o presidente da Ordem em São Paulo, Luiz Flávio Borges D’Urso, o respeito às diferenças e à dignidade é bandeira da OAB-SP nesta campanha.

Os cartazes da campanha contra a homofobia serão distribuídos pelas representações da OAB em todo o Estado de São Paulo, além de serem enviados a escolas, órgãos públicos, empresas e entidades interessadas em divulgar a mensagem. A campanha inclui ainda um filme para TV de 15 segundos, peças para a Internet e para rádio.

23 de junho de 2011

Casamento Gay coletivo reúne mais de 600 pessoas no Rio de Janeiro

Bolo do Casamento Gay Coletivo

Após duas horas de cerimônia, 43 casais Homossexuais tiveram suas uniões estáveis registradas no Rio de Janeiro. No primeiro casamento coletivo Gay do país, o auditório da secretaria estadual de Direitos Humanos, no sétimo andar do prédio da Central do Brasil, ficou lotado de amigos e familiares dos noivos.

Todas as 400 cadeiras foram ocupadas, e cerca de 200 pessoas assistiram de pé à cerimônia. Os casais foram chamados um a um pelo desembargador Siro Darlan. Depois do sim e do beijo, assinaram o compromisso e ganharam taças de champanhe. Não faltaram lágrimas, nem entre os casais, nem entre as famílias.

Os noivos entraram ao som de Emoções, de Roberto Carlos, cantada pela Transexual Jane de Castro. No encerramento da cerimônia, convidou o secretário estadual de Ambiente, Carlos Minc, para dançar com ela ao som de New York, New York.

O figurino foi variado, como era de se esperar. Havia casais de noivas vestidas de branco, de noivos de smoking, mas a maioria optou por trajes menos convencionais.

Lea Carvalho, de 42 anos, casou-se com Maria Luiza Santos, de 39, e disse que a atitude foi política. "Quisemos participar desse casamento pela visibilidade. Nosso objetivo é apoiar a causa LGBT. Estamos aqui como forma de mostrar que não aceitamos ser tratadas como cidadãs de segunda classe. Não queremos mais ou menos direitos. Queremos direitos iguais", disse.

Para o superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos do Rio, Cláudio Nascimento, a cerimônia é uma festa da cidadania. “Isso traz um marco civilizatório”, afirma.

Pelo tapete vermelho por onde os casais entraram no auditório, Cláudio, com o seu marido, foi o primeiro da fila. O primeiro passo, para o superintendente, é a realização de mais cerimônias de registro da união estável. A partir disso, procurar estender os direitos, como poder usar o sobrenome do parceiro.

Enquanto os 43 casais se casavam no alto do prédio da Central, muitos dos milhares de passageiros que passam pelo local para embarcar no metrô ou no trem não sabiam o que acontecia alguns andares acima. A única pista era um arco formado por balões de gás, nas cores do arco íris, em uma das entradas para o edifício.

O pedreiro Amauri Pereira, de 29 anos, ficou sabendo do casamento por um amigo que havia passado e tinha ouvido falar sobre a novidade. Sobrou apenas uma lástima. “Eu queria ver a cerimônia. Ela tinha que ser aberta. Falo por curiosidade mesmo. Será que as mulheres podem ir de noivas? Como eles se portam?”, questiona. Para quem acompanhou a cerimônia, a resposta é mais simples do que se pensa: foi uma festa com alegria incomparável.

Ator homofóbico cumpre promessa e visita Centro Gay em Nova York

Tracy Morgan

Conforme prometeu no início da semana, o ator Tracy Morgan, da série de comédia 30 Rock, visitou um centro para Homossexuais adolescentes sem-teto em Nova York, EUA.

O encontro foi organizado pela Aliança Contra a Difamação de Gays e Lésbicas (Glaad) uma quinzena depois da apresentação em que ele contou piadas de forte conteúdo homofóbico em uma apresentação de stand-up realizada em Nashville, no Estado do Tennessee.

Morgan também anunciou que voltará à cidade onde ocorreu o episódio e garantiu um pedido de desculpas pessoalmente a todos os membros da plateia que se sentiram ofendidos com frases como, "se meu filho fosse Gay, eu o esfaquearia", ditas por ele.

A presidente da Glaad, Jarret Barrios, elogiou a atitude do ator, afirmando ser importante conscientizar as pessoas em um Estado que continua aprovando leis anti-Homossexuais.

"Voltar ao Tennessee e se desculpar é um passo importante para Tracy mostrar que realmente entendeu o peso de suas palavras. É mais importante do que nunca fazer a população do Estado entender que não há espaço para a homofobia nem dentro, nem fora do palco".

O chefe de entretenimento da rede NBC, a produtora de 30 Rock, concordou com Barrios - "fico satisfeito em vê-lo se desculpar por suas observações homofóbicas", assim como Tina Fey, criadora, roteirista e atriz da série.

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